A água é uma necessidade. É porque faz parte de 70% do nosso corpo. É porque sem ela a vida não existia. E também porque sem ela não saberíamos o que significa uma “tarde de manta no sofá”.
A chuva, no entanto, reúne mais inimigos do que admiradores. A verdade é que todos compreendemos que a chuva é necessária, para regar os pântanos, para que a agricultura receba o que merece e para que a poluição não se mantenha tão presente. Contudo, são poucos os que consideram que uma tarde chuvosa lhes estraga o fim de semana.
É também, preciso ter em conta que a chuva surge em muitos jornais, assim que o inverno se aproxima. A maioria das notícias falam sobre os desastres climáticos ou recordes históricos, o que obriga as pessoas pensarem se a sua casa está salvaguardada.
É evidente que para os trabalhadores do Arquivo Municipal de Lisboa, a estação chuvosa é mais uma das muitas dores de cabeça que se têm arrastado ao longo de vários anos.
Helena Nunes, técnica de conservação, que trabalha no Arquivo desde 2004, declara que “as infiltrações e as humidades estão a afetar vários arquivos nos andares subterrâneos. Assim como a sala de leitura. Não é recetível que os leitores tenham de aceitar essas condições”.
Em outubro já foi discutido na Comissão Permanente da Cultura, a necessidade de mover o edifício ou de submetê-lo a diversas renovações, que afetariam quase a propriedade inteira.
“Em épocas de chuva, ou quando há uma tempestade, os incidentes multiplicam-se em três”, declara a Murprotec, empresa líder em tratamento de humidades. “Na grande maioria das ocasiões, a chuva aponta para infiltrações ou defeitos que já existiam anteriormente”.
Quando são questionados pela influência das infiltrações nos problemas de humidade, os especialistas argumentam “as infiltrações laterais são habituais nos edifícios antigos. O isolamento tende a perder as suas capacidades com o tempo.”
Um problema, o de infiltrações e o isolamento que, segundo a própria Murprotec, afeta um a cada três edifícios, no seu ciclo de vida.
Infiltrações laterais e as suas soluções. Um problema demasiado comum.
As gotas que caem desde o teto, as manchas de humidade que aparecem nas paredes, ou os maus cheiros a humidade que detetamos em algumas habitações podem ser consequências comuns de infiltrações laterais.
Podem também, dever-se a outras origens comuns, tais como: a condensação e a capilaridade.
No entanto, o problema principal das infiltrações laterais é que eles são responsáveis por enfraquecer a estrutura do edifício e pode resultar num dano estrutural.
A Murprotec, com mais de 30 anos de experiência atrás, resolvendo a humidade estrutural, indica que as infiltrações, como no caso do Arquivo Municipal de Lisboa, são um dos primeiros sinais de que a humidade está a afetar a estabilidade dos materiais.
Um problema que, muitas vezes, tenta ser resolvido com métodos parciais ou caseiros, que não atacam a sua origem.
Um diagnóstico claro e uma solução definitiva, são as únicas soluções para conservar os documentos mais importantes e tornar a nossa casa segura e estável.